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quinta-feira, 29 de setembro de 2011
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
FILHO DE ESCRITOR PEDE AJUDA PARA PUBLICAR LIVRO DO PAI
Posted by Alex Souza on 19:47
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Foi no ano de 1976 que os professores Miguel Costa Júnior e Maria José Abyaza Costa chegaram a Carapicuíba para administrarem o antigo Educandário Santa Terezinha.
Empolgados com a nova cidade, resolveram comprar uma casa e aqui se instalarem.
Miguel Costa, homem já idoso e experiente, iniciou suas pesquisas para descobrir a origem da cidade onde solidificaria novo lar e formaria nova família.
Vinte anos de pesquisa o levou a confeccionar o livro Carapicuíba da Lenda ao Futuro. Infelizmente o tempo não permitiu-lhe ver sua obra pronta.
Agora, seu filho empenha-se para realizar o último sonho de seu pai.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
CANÇÃO DO TAMOIO
Posted by Alex Souza on 09:08
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Sem dúvida uma das canções mais lindas que temos é a Canção do Tamoio, criada pelo genial poeta e escritor Gonçalves Dias.

Ele nasceu um ano após a Proclamação da Independência, no sítio da boa vista, em terras de Jatobá, proximidade da Vila de Caxias, no Maranhão. Estado onde faleceu, aos 41 anos – uma semana antes de se iniciar a Guerra do Paraguai, a 3 de novembro de 1864, uma vítima do naufrágio do Ville de Bologne nos baixos de Atins, perto da cidade de Guimarães.
Filho de um comerciante português e uma mestiça brasileira foi sem dúvida o príncipe dos poetas brasileiros. Cursou Direito em Coimbra, onde mais tarde, advogou.
Aqui distinguiu-se no lirismo; foi professor de Latim e História no Colégio Pedro II.
Clássico na forma e no estilo, por formação literária – diz a crítica – por índole, foi o poeta das tradições e da alma popular brasileira.
A Canção dos Tamoios precisa ser decifrada. Quem não conhece pode imaginar que Tamoio é alguma tribo indígena que habitou a vasta região de Carapicuíba. Só que não é isso. Tamoio é uma palavra que teve origem na tribo dos Tupinambás e que significa: reunião dos fortes, dos donos da terra, daqueles que chegaram primeiro. Afinal, antes do homem branco chegar às Américas, quem é que habitava essas terras se não os pele vermelha, os índios, fortes, guerreiros, os verdadeiros donos da terra?
Não chores meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos,
Só pode exaltar.
Um dia vive mais!
O homem que é forte
Não teme da morte;
Só teme fugir;
No arco que entesa,
Tem certa uma presa,
Quer seja tapuia,
Condor ou tapir.
O forte, o covarde
Seus feitos inveja.
De o ver na peleja
Garboso e feroz;
E os tímidos velhos
Nos graves conselhos,
Curvadas as frontes.
Escutam-lhe a voz.
Domina, se vive:
Se morre, descansa
Dos seus na lembrança.
Na voz do porvir
Não cures da vida!
Sê bravo, Sê forte!
Não fujas da morte.
Que a morte há de vir!
E, pois que és meu filho,
Meus brios reveste;
Tamoio nascente,
Valente serás.
Sê duro guerreiro,
Robusto, fragueiro.
Brasão dos Tamoios
Na guerra na paz.
Teu grito de guerra
Retumbe aos ouvidos
De inimigos transidos
Por vil comoção,
E tremam de ouvi-lo,
Pior que o sibilo
Das setas ligeiras
Pior que o trovão.
E a mãe, nessas tabas,
Querendo calados
Os filhos criados
Na lei do terror.
Teu nome lhes diga,
Que a gente inimiga
Talvez não escute
Sem pranto, sem dor!
Porém, se a fortuna,
Traindo seus passos,
Te arroja nos laços
Do inimigo falaz,
Na última hora,
Teus feitos memora,
Tranquilo nos gestos,
Impávido, audaz.
E cai como o tronco,
Do raio tocado,
Partido, rojado
Por larga extensão;
Assim morre o forte!
No passo da morte
Triunfa conquista
Mais alto brasão.
As armas ensaia,
Penetra na vida:
Pesada ou querida,
Viver é lutar.
Se o duro combate
Os fracos abate
Aos fortes, aos bravos
Só pode exaltar.
By Gonçalves Dias.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
CARAPICUÍBA - SEU PASSADO E SEU FUTURO
Posted by Alex Souza on 11:42
Você conhece o livro Carapicuíba da Lenda ao Futuro, de autoria do professor Miguel Costa Junior? Não! Essa é a sua chance de conhecê-lo. Inscreva-se em nosso blog e siga-nos no Twitter. Assim você concorra ao e-book do livro Carapicuíba da Lenda ao Futuro. Lembre-se: para concorrer é preciso inscrever-se no blog e seguir-nos no Twitter.
Abaixo, deguste de algumas páginas no nosso livro.
domingo, 18 de setembro de 2011
O BRASÃO DA CIDADE
Posted by Alex Souza on 17:16
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O Brasão de Carapicuíba mostra inicialmente um escudo, lembrando o dos Gladiadores da antiga Roma, no primitivo estilo introduzido em Portugal, através da influencia francesa, demonstrando, portanto a latinidade de nossos primeiros colonizadores. Sobre o escudo fez-se a coroa em forma de muro ou parede, idéia universal de força e domínio. O ornato de prato ou argente, como se diz em heráldica, ostenta seis torres das quais apenas quatro são visíveis no desenho. Ali está a classificação da cidade de Carapicuíba, como sede de município de 3ª grandeza. Brasília, a capital Federal, é de 1ª grandeza, São Paulo sede da administração estadual é de 2ª grandeza. No centro ou coração do escudo que os heralditas chamam de abismo acha-se um escudete, o escudo menor de campo verde cortado pela faixa ou banda de linhas ordenadas retratando águas nas quais nadam cinco sardinhas.

AS CORES
As armas dos Sardinhas são alusões claras a Afonso Sardinha, doador destas terras de Carapicuíba. Como as cores são a linguagem dos símbolos, o verde simboliza a honra, a cortesia, a civilidade, a alegria e a abundância e esperança. A prata das águas indica a paz, a religiosidade, o trabalho, a amizade, a pureza. O vermelho das cinco sardinhas é o cunho da dedicação, do amor pátrio, do desprendimento, da audácia, da coragem e da valentia.
O SIMBOLISMO
Aos lados direito e esquerdo do escudete, as letras IHS, subjacentes à Cruz de Cristo, evocam a atuação da Companhia de Jesus que, tendo recebido as glebas doadas pro Afonso Sardinha, graças aos cuidados do Padre Anchieta, nelas reuniu os índios, fundando a Aldeia de Caiapuruhy, hoje Carapicuíba.
A PADROEIRA E O RIO
Sobrepondo-se ao escudete das Sardinhas, na parte superior do escudo, vê-se a roda vermelha de oito farpas e oito raios. É a roda Farpeada, ou de Santa Catarina, a Padroeira de Santa Catarina, virgem e santa, martirizada em Alexandria, no Egito, por volta do ano 312 D.C. É comum representá-la encostada numa roda meio quebrada e rodeada de sangue. Santa Catarina é venerada a 25 de novembro.
Uma faixa ondeada de cor azul, subposta ao escudete das Sardinhas, indica o tradicional rio Tietê, antigo Anhembi, estrada natural para o sertão, caminho espontâneo dos bandeirantes em busca de riquezas que não encontravam na Vila Piratininga. Era a única via de comunicação naqueles longínquos tempos com a Vila de São Paulo. A cor azul é o traço marcante da justiça, da perseverança, do zelo e da lealdade de Carapicuíba.
OS TEMPOS DE HOJE
Fora no Campo do escudo sanmítico, ornamentos de engrenagens e malhos, aludem à situação econômica do município, cuja riqueza básica está na força dos trabalhadores da indústria mostrando o rumo certo da nossa crescente industrialização e o tino dos nossos homens de empresa.
Finalmente no listel vermelho da parte inferior do desenho, lê-se o nome de Carapicuíba, ladeado pelas datas de 1580 – 1965, lembrando a fundação da Aldeia e a emancipação político administrativa do município, respectivamente marcadas no Brasão anterior com as datas de: 12-10-1580 e 26-03-1965.
A BANDEIRA
Posted by Alex Souza on 17:14
Quando Carapicuíba se emancipou de Barueri e Cotia, em 1965, imperava, ainda no Brasil a Constituição Federal de 1946, cujo artigo 1º continha, além do Caput, dois parágrafos. Em 17 de outubro de 1969, no entanto, essa Constituição foi quase que totalmente alterada, a começar pelo artigo 1º que ficou assim redigido:
Art. 1º - O Brasil é uma República Federativa, constituída sob o regime representativo, pela união indissolúvel dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
§ 1º Todo poder emana do povo e em seu nome é exercido.
§2º São símbolos nacionais a Bandeira, o Hino vigorante na data da promulgação desta Constituição e outros estabelecidos em Lei.
§3º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
ter símbolos próprios.
Baseado, portanto nesse § 3º do artigo 1º da Constituição Federal o Senhor Amos Meucci, então prefeito, determinou a elaboração do Projeto Pró-Instituição da Bandeira Municipal de Carapicuíba, cuja descrição faremos nesta página.

SÍMBOLOS MUNICIPAIS
A Constituição reza serem símbolos nacionais a Bandeira, o Hino; outros símbolos poderão existir, além desses dois, uma vez que a Lei os estabeleça.
O Decreto nº 4 de 19 de novembro de 1889 criou outros dois símbolos nacionais: o Brasão de Armas e o Selo Nacional. Todos os 4 símbolos devem ter as suas características rigorosamente fixadas e disciplinado o emprego para que não se desfigurem no trato, mas permaneçam imutáveis, sobrepondo-se ao tempo e às dimensões do país.
O Decreto nº 4 de 19 de novembro de 1889 criou outros dois símbolos nacionais: o Brasão de Armas e o Selo Nacional. Todos os 4 símbolos devem ter as suas características rigorosamente fixadas e disciplinado o emprego para que não se desfigurem no trato, mas permaneçam imutáveis, sobrepondo-se ao tempo e às dimensões do país.
Carapicuíba, ao que nos consta, possui três símbolos: a Bandeira o Brasão e o Hino, faltando-lhe o Selo Municipal.
FEITURA DA BANDEIRA
O Decreto Lei nº 4545 de 31-07-1940 dispõe: São símbolos nacionais: A Bandeira Nacional, o Hino Nacional; As Armas Nacionais; o Selo Nacional e também: Artigo VI.A feitura da Bandeira nacional obedecerá às seguintes regras:
· Para cálculo das dimensões tomar-se a por base a largura desejada, dividindo-se esta em 14 partes iguais. Cada uma das partes será considerada uma media ou módulo.
· O comprimento será de 20 módulos.
A Bandeira de Carapicuíba segue esse padrão, pois sua reprodução obedecerá à seguinte construção modular:
· Altura da tralha: 14 módulos; comprimento da Bandeira: 20 módulos; largura da faixa: 1,5 módulos; largura da sobre faixa: 0,5 módulos de comprimento por 6 módulos de altura.
DESCRIÇÃO DA BANDEIRA
A Bandeira de Carapicuíba lembra muito a do Brasil: um losango amarelo sobre um campo verde; no lugar do círculo azul celeste figura o Brasão de Carapicuíba. Além dessa semelhança há outra: o campo verde é dividido em 4 áreas equivalentes pois a Bandeira é esquartelada em Cruz, sendo os quartéis verdes constituídos por 4 faixas amarelas carregadas de sobre faixas vermelhas, dispostas duas no sentido horizontal e duas no vertical e que partem dos vértices do losango amarelo central onde o Brasão municipal é aplicado.
Essa disposição está conforme a tradição da heráldica portuguesa e segundo a qual os pavilhões municipais podem ser oitavados, sextavados, esquartelados ou terciados, com as mesmas cores constantes do campo do escudo e ostentando ao centro uma figura geométrica na qual será aplicado o Brasão Municipal.
SIMBOLISMO
Como no Brasão, as figuras e as cores da Bandeira têm a riqueza de simbolismo e tradição. O retângulo verde e o losango amarelo datam de nossas primeiras bandeiras e lembram a mãe pátria Portugal; a Cruz relembra os descobridores e a religião que trouxeram. O losango é o símbolo da maternidade.
D. Pedro I após a Independência, ainda em São Paulo, estabeleceu que se usasse para distinguir a brasilidade, uma flor verde centro de um ângulo de ouro. Depois, no Rio de Janeiro, ordenou que o Tope Nacional fosse composto das cores emblemáticas: verde da primavera e o amarelo do ouro, divisa voluntária dos patriotas do Brasil. O verde era a cor da Casa Real de Bragança de onde provinha D. Pedro e o amarelo a cor da casa Habsburgo, da Áustria, de onde provinha a primeira esposa do Imperador Dona Leopoldina cujo nome batiza uma das estações da CPTM.
O verde recorda ainda Tiradentes, suplicado em 1979, ano da revolução francesa, pela regeneração da humanidade, quando os sitiantes da Bastilha tiveram por emblema folhas verdes arrancadas das árvores do Palácio Real; lembra nossos campos verdes, nossa primavera, nossa riqueza agrícola.
O PODER MUNICIPAL
No pavilhão de Carapicuíba, o Brasão do Centro, representa o Governo Municipal; o losango amarelo representa a cidade com sua riqueza e sua gente; pois se a figura é a área geográfica a cor é o símbolo da glória.
As faixas que partem dos vértices do losango central dividindo a Bandeira simbolizam a irradiação do poder municipal a todos os quadrantes de seu território, são amarelas e contém sobre faixas vermelhas, cor da dedicação, do amor pátrio, desprendimento, intrepidez e coragem.
Os quartéis verdes, assim constituídos, representam as propriedades rurais existentes no território municipal; o verde é a cor simbólica da honra, cortesia, civilidade, alegria, abundância, sendo também hieróglifo da esperança.
Como se vê, na descrição do Brasão na Bandeira de Carapicuíba estão representados os antigos povoadores, (Afonso Sardinha) o Rio Tietê, os Jesuítas (IHS – Jesus Homem Santo) a fundação (1580), e a emancipação (1965), a cidade (coroa) e o trabalho atual e futuro (indústria e comércio). A Bandeira representa o passado, o presente e o futuro de Carapicuíba.
GEOGRAFIA SUMÁRIA DE CARAPICUÍBA
Posted by Alex Souza on 17:08
Quatro cursos d’água batizam os limites de Carapicuíba. Do Sul, onde está o Município de Cotia, descem dois deles: O Ribeirão Carapicuíba a Leste, na divisa de Osasco; e o Rio Cotia; a Oeste, confrontando com Jandira e Barueri. Ambos vão desaguar no Tietê, que corre ao Norte do Município separando-o de Barueri. Finalmente ao Sul serpenteia o Ribeirão Moinho Velho.
Se os quatro Rios fossem retilíneos e paralelos o mapa de Carapicuíba seria um retângulo perfeito. Mas eles são bastante sinuosos. Então a figura mais parece um retângulo distorcido, sofredor.
Carapicuíba se estende numa superfície de quase 35 km² que não atinge a Rodovia Castelo Branco ao Norte nem a rodovia Raposo Tavares ao Sul. Durante muito tempo o Rio Tietê barrou a passagem para a rodovia Castelo Branco e, como acontece ainda hoje, sendo precária a ligação com a rodovia Raposo Tavares, Carapicuíba esteve praticamente isolada, com deficiência de circulação e transporte.
A construção do viaduto sobre o Rio Tietê inaugurada às vésperas da eleição de 1988 veio minorar consideravelmente essa dificuldade embora continue penosa a circulação no sentido Norte/Sul e trajeto contrário.
RELEVO
De Norte para o Sul Carapicuíba apresenta dois aspectos distintos: a Planície e a região acidentada.
1. Ao Sul, ao longo do Rio Tiete, de Leste a Oeste, estende-se uma faixa plana com a largura média de 500 metros: é a Planície Sedimentar.
2. Segue-se uma vasta área bastante irregular, subindo até as divisas de Cotia, ao Sul: é a Região Acidentada.
A Planície foi formada pelos depósitos sedimentares do Rio Tietê e apresenta-se quase que perfeitamente plana.
A área acidentada assemelha-se a uma cobertura amarfanhada, de inclinação ascendente, sentido Norte/Sul. Coleando sobre tal superfície, os dois cursos d´água Carapicuíba e Cotia descem das bandas de Cotia até sua foz, no Rio Tietê. Possuindo afluentes e confluentes, juntamente com as enxurradas das chuvas, através dos milênios, elas foram e continuam sendo as responsáveis pela escavação do solo. Desbastando as alturas esculpem morros e depressões corroendo as rochas mais tenras que são depositadas nas Planícies ou transportadas pelo Rio Tietê e deixando alteadas as mais resistentes. Criam, assim, verdadeira compartimentação da superfície, dando a Carapicuíba esse aspecto de desnivelamentos marcantes com íngremes ladeiras, ribanceiras, grotas, colinas e depressões onde se aninham brejos e lagos.
PLANÍCIE
Desde Osasco até Barueri, a Planície vai se inclinando suavemente para Oeste, em ambos os lados do Tietê. Ao penetrar em território carapicuibano, a Leste, apresenta cotas de 724m sobre o nível do mar. Ao retirar-se, mostra altitudes de 714m. Há, portanto, entre uma e outra extremidade o desnível de 10 metros na extensão de cinco km.
A disposição Leste/Oeste do comprido Rio condicionou o rumo das vias de comunicação traçadas pelo homem: os índios, os primeiros habitantes, ou desciam o Rio em canoas ou por terra, acompanhavam-lhe o curso, a alguma distância da margem esquerda, evitando brejos, atoleiros e alagados. Assim nasceu o caminho velho para Itu e Sorocaba, passando pela atual Avenida dos Autonomistas, em Osasco, desde Butantã, seguindo pelas atuais: Avenida dos Autonomistas e Deputado Emílio Carlos. Devido à largura das terras alagadas ou pantanosas, somente em Barueri conseguiam transpor o Tietê, passando para a margem direita.
Mais tarde, a partir de 1871, quando foi assentada a linha da Estrada de Ferro Sorocabana, hoje CPTM, também seguiu traçado paralelo ao Rio, entre sua margem esquerda e o velho caminho de Itu. Sentido Leste/Oeste.
A Ferrovia no sentido da Planície carapicuibana, possui três estações: general Miguel Costa, Carapicuíba e Santa Terezinha. A primeira, no km 21, antigamente era conhecida por Matadouro, em razão da existência, ali, do matadouro de bois da Prefeitura de São Paulo. Embora construída em terras de Osasco, bem na divisa dos dois municípios, essa estação é bem valiosa para Carapicuíba, nela embarcando e desembarcando milhares de pessoas residentes no Conjunto Habitacional Castelo Branco, de Carapicuíba.
A segunda estação Carapicuíba tomou o nome da Cidade. É conjugada ao Terminal Rodo-Ferroviário, com suas várias plataformas, de onde partem quase todos os ônibus destinando-se aos bairros da cidade. Finalmente, a terceira estação Santa Terezinha, localiza-se no km 24 da Ferrovia, próximo da divisa de Barueri. Recebeu tal nome devido à existência, ali, do antigo Educandário Luiz Galvão pertencente à Associação Santa Terezinha que deu nome a todo o bairro.
Essa comprida e estreita Planície sedimental com cerca de 5 km de extensão por 500 metros de largura, em média, por onde coleia o Tietê e trafegam comboios ferroviários, ônibus, automóveis e caminhões constitui verdadeiro corredor de passagem, ligando capital e interior do Estado. Passando por Osasco, rumo a Barueri, Santana de Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus, Jandira, Itapevi, no sentido Leste/Oeste, segue a direção do Tiete.
Antigas pastagens de gado, olarias e curtumes se estabeleceram até a quatro décadas. Pelo trecho plano da antiga Avenida Rui Barbosa até o antigo Coreto da Praça Toufic Joulian - atual posto de Polícia Militar e hoje atual calçadão – se estendeu a rede bancária, algumas casas comerciais e vários outros estabelecimentos e na antiga Rua Sônia Maria – atual Avenida Mário Covas – estava instalado o antigo prédio da Prefeitura e mais outros estabelecimentos e residências que margeavam a linha férrea. Todo esse complexo foi desapropriado na gestão do ex-prefeito Fuad Chucre para a ampliação da malha viária do Município que já não mais suportava caótico transito. Mais próximo do Rio Tietê está a Lagoa de Carapicuíba de onde se extraia areia de construção e ao seu lado direito estava o antigo lixão de Carapicuíba, hoje aterrado e em seu lugar construído prédios da FATEC, ETEC e outra Faculdade.
COLINAS
Se a primeira região fisiográfica é a Planície, a segunda é a dos morros e colinas.
Ao Sul da Planície aluvial, partindo-se do Rio Tietê em demanda da Rodovia Raposo Tavares, já em Cotia, atravessa-se uma superfície acidentada, verdadeira colcha amarrotada de atalhos e baixos relevos.
Logo à saída da Estação de Carapicuíba, se percebe a mudança de chão. No próprio terminal Rodo-Ferroviário galga-se a rampa e a escadaria; indicio de que se está deixando a Planície e adentrando a zona acidentada.
Em alguns pontos, a passagem de um para outro relevo faz-se por íngremes rampas ou ladeiras; em outros sítios, porém onde não foram abertos acessos ou vias públicas, nota-se a presença contínua de barranco, às vezes perto de 20m de desnível. Exemplo típico está ao longo do antigo Educandário da Associação Santa Terezinha.
Em virtude da compartimentação da superfície, porém, a subida não é contínua. Assim, o transeunte que saiu da Estação de Trem, subiu pela Av. Rui Barbosa e a antiga Rua Ipê, atual Rua Ângela P. Tolaine atinge no ponto mais alto a Avenida general Teixeira Lott. Logo a seguir, entrando pela Rua Maria Catur é preciso descer muito até se chegar à Rua Cavatã, no fundo do Vale, pelo qual escoam as águas de um córrego, das enxurradas das chuvas ou esgotos. Se continuar sua marcha novamente, irá subindo até a entrada do Tamburi para tornar a descer ao fundo de outro Vale e outra vez subir até a estrada do Aderno.
Assim, portanto, ao Sul da Planície aluvial, lindeira ao Tietê, o terreno vai subindo e descendo desordenadamente. De modo geral, no entanto, o aspecto assemelha-se a um grande telhado de duas abas. Carapicuíba, pois, possui sua cumieira divisória de águas que é a Avenida Inocêncio Seráfico, ou a antiga estrada da Aldeia. As correntezas d´água, a partir desse comprido e sinuoso espigão, dirigem-se ou para Osasco desaguando na calha do Ribeirão Carapicuíba, a Leste, ou seguem no sentido contrário, para Oeste, buscando a calha do Rio Cotia, nos limites de Jandira e Barueri.
BACIA DO CARAPICUÍBA
Se nas nossas casas as duas abas do telhado costumam ser de idênticas dimensões, com o telhado de Carapicuíba não acontece o mesmo: a parte oriental, deitando para Leste é mais estreita e mais curta do que a ocidental, voltada para o por do sol.
Bacia é uma espécie de vaso redondo de bordas longas próprio para armazenamento de água e ou lavagem. Como o conjunto das terras drenadas por determinado Rio e seus afluentes mantém certa semelhança com uma bacia, estendeu-se tal significado a estas terras. Desse modo a aba do telhado de Carapicuíba que se inclina para o Leste, é a Bacia do Carapicuíba, porque esse ribeirão e seus afluentes drenam as águas dessa região municipal, nas suas margens esquerdas. Ele também funciona como a calha existente nos telhados.
Na Bacia do Carapicuíba situa-se a COHAB com seus terrenos em altitude variáveis, entre 719, perto do Tietê a 782 metros mais para o interior. Aí também estão a Vila Marcondes (737 na Rua das Pedreiras, 783 metros na Estada da Guabiroba) e morros de mais de 800metros; o Jardim Veloso a 70 metros; a Vila Dirce com 767 – 812 metros e a Vila Helena com 780 – 814 metros.
O divisor das duas bacias, a do Carapicuíba e a do Rio Cotia; foi aproveitado para o traçado da Avenida Inocêncio Seráfico. Esse espigão, ligando diferentes bairros é, praticamente, a única via de comunicação entre o centro e a Rodovia Castelo Branco e a Via Raposo Tavares.
A Avenida Inocêncio Seráfico é o remanescente do caminho palmilhado pelos Guaianases que habitavam Carapicuíba bem antes da descoberta do Brasil. Os indígenas, desviando-se do caminho de Cotia, desciam até o Tietê para pescar e se banhar. Em suas andanças estabeleceram-se construindo uma Taba com suas Ocas, gérmem da atual Aldeia de Carapicuíba.
O espigão mestre do município separa as águas das chuvas e as enxurradas alimentadoras dos córregos que se dirigem para outro afluente do Tietê, formando como já dissemos a Bacia do Carapicuíba e a do Cotia.
Ao longo da Avenida Inocêncio Seráfico passa quase todo o transito Sul/Norte da cidade. Em seu alinhamento estabeleceram-se firmas comerciais, indústrias, escolas, igrejas, o ginásio Poli-Esportivo, escritórios etc. É a Avenida Paulista de Carapicuíba, assim batizada pelo Profº Aziz Nascib Ab´Saber. É a segunda via mais importante para as transações comerciais internas e arredores, os terrenos alcançam elevado preço. É superada, apenas, pela Avenida Rui Barbosa.
BACIA DO RIO COTIA
Na Bacia do Cotia as altitudes oscilam entre 725 a mais de 860 metros. Aí se localizam: o centro já bem próximo à Planície, no início da Avenida Rui Barbosa, com seu comércio cada vez mais desenvolvido e a rede bancária.
Inúmeros são seus bairros e córregos afluentes do Rio Cotia que esculpiu fundos de vales deixando entre uns e outros, pequenas elevações, colinas, morrotes; curiosos interflúvios criando pequenos compartimentos. Cada uma dessas divisões nas encostas dos morros ou nos fundos dos vales tem nomes locais, diferenciando-se dos demais pelos nomes que assumiram geralmente derivados dos loteadores de terrenos.
GEOLOGIA – CLIMA – VEGETAÇÃO
A geologia de Carapicuíba é muito simples: consiste num substrato ou embasamento cristalino e uma cobertura sedimental.
Localizadas no planalto cristalino as rochas em profundidade pertencem a eras bem antigas; pré-cambrianas; constituídas de velhos terrenos geológicos que afloram em muitos lugares, especialmente nos topos dos morros e nos limites de Cotia. São granitos e rochas magmáticas, ou gnaisses, cistos e micachistos, rochas metamórficas, todas em franca decomposição em virtude de clima tropical úmido.
A planície próxima ao rio é constituída de sedimentos quaternários, portanto recentes, com ocorrência de argilas, areis e cascalhos. Granitos e gnaisses compõem-se de quartzo; produz areia, o feldspato vira argila ou barro de que a mica, mais outros ingredientes determina o colorido. Daí porque do estabelecimento das velhas olarias e a extração de areia que há mais de quarenta anos se processou a lagoa.
Durante o período Cretáceo, boa parte de Carapicuíba esteve coberta pelas águas do lago existente na chamada bacia de São Paulo, do período terciário. Portanto as rochas sedimentares da região dos morrotes e colonas pertencem a esse período.
São também argilas, areias e cascalhos, porém mais consolidadas do que as congêneres da Planície; devido á sua idade mais antiga. Quem se der ao trabalho de examinar o barranco existente no Corintinha, logo após o Ginásio Tancredo Neves, no lado esquerdo da Avenida Inocêncio Seráfico, poderá observar uma coluna com camadas de rochas de vários coloridos; são antigos sedimentos depositados no fundo do grande lago terciário.
Os solos pobres, sofrendo de acentuada erosão e forte lixiviação, foram outrora, cobertos de floresta da Mata Atlântica. Hoje, porém, em virtude da fúria predatória dos loteamentos e da construção da COHAB, recobrem-se de mirrada roupagem vegetal, com algumas capoeiras, cerrados e campos com dominância de gramíneas.
A disposição do relevo, as características do clima e a ação destrutiva do homem, influíram sobre a pobreza do solo agricultável e do revestimento florístico, acarretando inúmeros problemas para o traçado das vias públicas e a construção de edifícios.
A fauna é paupérrima. Já não existem animais de grande porte e não há peixes nos rios. Alguns pássaros, especialmente pardais, ainda teimam em sobreviver. Ratazanas, aranhas escorpiões e insetos, esses não faltam, especialmente em virtude da precariedade da higiene reinante.
A POPULAÇÃO
Quantos somos?
A população de Carapicuíba, de mui vagaroso crescimento anterior, nos últimos anos, mormente após a construção da COHAB, sofreu verdadeira explosão demográfica.
O Recenseamento de 1950 acusou 5.989 habitantes, além de 978 vivendo na Aldeia. Isso significa menos de 7.000 pessoas, portanto. Naquele tempo Carapicuíba estava dividida entre Barueri e Cotia. Os moradores de parte do território, da Avenida Teixeira Lott (ex Duque de Caxias) até o Tietê, pagavam impostos em Barueri, do qual Carapicuíba era distrito. Os restantes iam saldá-los em Cotia.
Em 1960, dez anos depois, esse número passou para 17.000 mil indicando o aumento de 10.000 habitantes em 10 anos. Aproximadamente 1000 por ano.
O censo de 1970 mostrou que já éramos 55.339 com uma densidade demográfica de 1.6 pessoas por km². Dessa quantidade, 52.35% constituíam a população masculina e 47.65% a feminina. Observa-se, portanto que agora o aumento foi de 38.400 criaturas, ou seja, 3.800 por ano, quatro vezes mais, por conseguinte, que no decênio anterior. Fazia cinco anos que Carapicuíba se constituira em Município, emancipando-se de Barueri.
Já o arrolamento de 1980 foi surpreendente 186.830 habitantes! A cidade recebeu mais 131.497 moradores, nesses cinco anos. Treze mil cento e cinqüenta em média, cada ano. E a densidade populacional atingiu a cifra de 5.343 habitantes por km².
Em 1995 estimava-se a população de Carapicuíba em cerca de 300.000 mil habitantes, número esse agora avaliado em 350.000. Quando se pensa que a densidade demográfica no Brasil não passa de 25 habitantes por km² quando se olha para Carapicuíba nota-se que esta pode ser inserida entre as cidades mais populosas do mundo atingindo a cifra de 11.000 habitantes por km².
Porque crescemos tanto? A população de um lugar pode crescer por dois motivos: nascem mais pessoas do que morrem. É o chamado crescimento vegetativo; ou porque chegam mais do que saem.
Pelos números apresentados acima, parece ficar evidente que durante certo tempo o crescimento vegetativo foi bem maior do que o devido à migração. Mas a partir de 1960-65, a chegada de pessoas superou em muito o número de nascimento.
A POPULAÇÃO
Quem somos?
A população de todos os lugares vai se modificando com o correr dos tempos. Assim aconteceu e continuará a acontecer em Carapicuíba. Tal modificação se dá tanto na qualidade quanto na quantidade e composição dos habitantes. Logicamente, Carapicuíba de hoje não é a mesma de ontem e não será a mesma de amanhã, embora permaneça sendo Carapicuíba.
Morre gente, nasce gente, alguns envelhecem, outros saem da cidade, chegam novas pessoas, uns casam outros descasam... Mudanças de toda espécie ocorrem diariamente.
Antes de 1500, por exemplo, Carapicuíba era habitada pelos índios Guaianases; anos depois foram chegando os portugueses e já havia duas etnias distintas; com a miscigenação foram nascendo os mestiços, filhos de brancos e índias. Quando chegaram os negros, embora poucos, a coisa ficou mais complicada, havia índios, brancos, negros e filhos de mestiços, mamelucos, cafuzos etc.
Como até, 1950, o crescimento demográfico de Carapicuíba era muito lento, durante certo lapso de tempo a população se conservou mais ou menos homogênea. Mas, a partir dessa data, as alterações foram sendo cada vez mais ligeiras.
Interessante é notar que os primeiros a chegar a Carapicuíba, na sua quase totalidade de origem estrangeira: árabes, russos, húngaros, alemães, portugueses, italianos, japoneses. Nos últimos anos paralisou a imigração estrangeira e intensificou-se a vinda de migrantes brasileiros. São dezenas de milhares vindos dos mais diferentes cantos do país.
Cada nova família chegada, sentindo-se beneficiada pelas condições aqui encontradas – que, embora precárias, acabam sendo melhores que as deixadas em seus lugares de origem – atraíam os parentes que por lá ficavam. Para se ter uma idéia do fenômeno, basta focalizar o caso da família Fernandes Teixeira, chegada a partir de 1950 – Hoje eles somam mais de 500 pessoas, quase todos vindos da região do Cedro e adjacências, do Ceará.
Desses novos habitantes, alguns, adquirindo pequenos lotes de terra, tornaram-se proprietários e comerciantes; outros foram residir nos apartamentos e casas da COHAB; outros ainda se aboletaram como puderam em moradias de familiares ou conhecidos, ou conseguindo pedaço de chão construíram barracos, fundaram favelas ou invadiram terrenos baldios. Desse modo a cidade alastrou-se por toda a parte, desordenadamente, com habitações as mais diversas impossível de se imaginar cobrindo morros e baixadas, várzeas e beiras de córregos e os bairros, as vilas ou jardins se esparramaram abrangendo quase todo território municipal que não tem zona rural, tem apenas a zona urbana.
Com isso e atrás disso, foram surgindo vários problemas, exigindo soluções rápidas, nem sempre, porém fáceis de serem encontradas: faltam transportes, fontes de abastecimento, escolas, hospitais, postos de saúde, calçamento, coleta de lixo, estrutura básica, luz, água, telefone, esgoto, emprego, trabalho etc.
A falta de colocação para tanta gente obrigou à procura de ocupação fora do município. Homens e mulheres, mão de obra farta e barata, não especializada, foram procurar serviço em Osasco, Presidente Altino, Imperatriz Leopoldina, São Paulo, Pinheiros, Lapa, Granja Viana e atualmente Alphaville. Carapicuíba continua sem oferecer praticamente nada a seus moradores.
Esse imenso exército de trabalhadores sai pela manhã regressando à noite transformando Carapicuíba em cidade dormitório o que é uma lástima porque nesse caminho seu futuro é a completa estagnação.
É claro que vários fatores internos e externos contribuíram e continuam influindo para que isso aconteça: a existência dos trens do subúrbio, com tarifas econômicas facilitando o transporte de massa e o deslocamento rápido da população; a emancipação do município que se desmembrando de Barueri criou um governo autônomo necessitando formar o quadro de funcionários; a construção de milhares de prédios e apartamentos na COHAB; favorecendo a moradia popular; a abertura de inúmeros loteamentos com diminutas áreas de 500, 250, 125 metros² a preço bastante razoáveis e amortização em longo prazo; o próprio crescimento da população estabelecendo condições favoráveis para abertura de casas comerciais de todo tipo, a isso se soma o enxame de ambulantes.
Tudo isso são elementos provenientes das migrações brasileiras, atraídos pela industrialização de São Paulo que, ali não encontrando facilidade de acomodação, procuram a periferia da cidade, os subúrbios, que lhes propiciam acolhimento.
CARAPICUIBANOS PREFEITOS DE BARUERI
Posted by Alex Souza on 17:04
Até mesmo os estrangeiros podiam votar no plebiscito. Assim é que a colônia japonesa, grande na época e espalhada na zona rural, foi sendo procurada por Celina e Francisca. A 24 de dezembro de 1948 o governador Adhemar de Barros promulgou a Lei Estadual 233 criando o Município de Barueri com os distritos sede. Carapicuíba e Aldeia de Barueri, sendo marcada a eleição para março do ano seguinte, 1949. Realizadas as eleições, alguns cidadãos carapicuibanos foram eleitos vereadores na primeira Câmara Municipal, sem remuneração, pois naquele tempo não recebiam pagamento pelo cargo que ocupavam.
No ano de 1952 foi criada a Paróquia de Nossa Senhora Aparecida e o número de moradores foi aumentando gradativamente. Alguns pagavam impostos em Cotia e outros em Barueri.Em 1957 o carapicuibano tenente João Acácio de Almeida, que participava da Câmara Municipal, elegendo-se Prefeito de Barueri ordenou a desapropriação de um terreno da Light onde hoje está o Paço Municipal, perto da estação da CPTM. Na administração seguinte outro carapicuibano, Carlos Capriotti, tornou-se o novo Prefeito de Barueri sendo empossado a 16 de março de 1961. Durante este último período, constada a pujança política local, os carapicuibanos, com população superior à da sede, começaram desenvolver os trabalhos para sua própria emancipação político administrativa, que, afinal, foi conseguida no ano de 1964 pela Lei 8.092 de fevereiro, sendo o novo Município de Carapicuíba instalado a 26 de março de 1965 á 45 anos. Os carapicuibanos levantaram um pequeno monumento em homenagem aos emancipadores. Está situado no início da Av. Inocêncio Seráfico na confluência com a Avenida Miriam, onde se realizavam as feiras livres, aos domingos, e onde se achava instalado o antigo e único, até hoje, cinema da cidade que se transformou no Teatro Jorge Amado e onde está até agora instalada a Câmara Municipal.
No ano de 1952 foi criada a Paróquia de Nossa Senhora Aparecida e o número de moradores foi aumentando gradativamente. Alguns pagavam impostos em Cotia e outros em Barueri.Em 1957 o carapicuibano tenente João Acácio de Almeida, que participava da Câmara Municipal, elegendo-se Prefeito de Barueri ordenou a desapropriação de um terreno da Light onde hoje está o Paço Municipal, perto da estação da CPTM. Na administração seguinte outro carapicuibano, Carlos Capriotti, tornou-se o novo Prefeito de Barueri sendo empossado a 16 de março de 1961. Durante este último período, constada a pujança política local, os carapicuibanos, com população superior à da sede, começaram desenvolver os trabalhos para sua própria emancipação político administrativa, que, afinal, foi conseguida no ano de 1964 pela Lei 8.092 de fevereiro, sendo o novo Município de Carapicuíba instalado a 26 de março de 1965 á 45 anos. Os carapicuibanos levantaram um pequeno monumento em homenagem aos emancipadores. Está situado no início da Av. Inocêncio Seráfico na confluência com a Avenida Miriam, onde se realizavam as feiras livres, aos domingos, e onde se achava instalado o antigo e único, até hoje, cinema da cidade que se transformou no Teatro Jorge Amado e onde está até agora instalada a Câmara Municipal.
É monumento modesto, mas significativo. É o nosso pleito de gratidão pelo que fizeram os homens que lutaram pela emancipação.
A ZAGAIA
Posted by Alex Souza on 16:58
O Sarabaquê, portanto, é uma série de movimentos ritmados acompanhados por palmas, enquanto cantores, tocadores e dançantes, numa coreografia sui geniris, saúdam, ora em versos de cunho religioso, a Capela e a Cruz, ora em estâncias profanas e improvisadas, de cunho eminentemente popular, os festeiros, moradores, convidados.
A festança demora três dias comemorativos, mas o programa todo é comprido em dez, pois a 24 de abril se inicia a novena que deve prosseguir até 2 de maio, às 20 horas depois do levantamento do mastro, trinta minutos antes. Só então, a partir das 21, todos estarão a postos para a apresentação da esperada dança de Santa Cruz que prosseguirá pela noite a dentro até serem saudadas todas as cruzes postas na frente das casas, em plena madrugada recebida pelo toque da alvorada de 3, data em que será celebrada a missa cantada, às 11, a procissão as 16 e o concorrido leilão apos o desaparecimento do Sol.
No dia 4 de maio prosseguem os folguedos com danças regionais nos mesmos moldes da exibição anterior, acrescentada, porém da dança da Zagaia, final dos divertimentos durante os quais se bebe muita cachaça e cerveja e não se esquece de escolher o casal de festeiros do ano seguinte.
A dança da Zagaia, com a qual se encerra os acontecimentos, na madrugada do dia 5, é a confraternização geral, com muitos agradecimentos, despedidas e promessas de participação nas festas seguintes.
Dançada somente na última roda, e na última noite, a Zagaia é cheia de vida, entusiasta, todos dando vivas, fazendo mesuras e rapapés, músicos e dançarinos pedindo aos presentes que compareçam no próximo ano para festejar novamente o tradicional Sarabaquê.
O DIA SEGUINTE
No dia seguinte, 05 de maio, a vida na Aldeia entra de novo na rotina. É bem verdade que por uma semana ou mais de duas, continuam as fofocas e comentários sobre o que se passou.
Os moradores mais antigos começam a dizer que a festa, pouco a pouco está ficando descaracterizada. A própria Aldeia já não é mais a mesma! Hoje, quem vem aqui só procura diversão, esquecem-se do lado religioso da festa que é o mais importante.
O PASSO DOS 15 COM 15
Posted by Alex Souza on 16:56
A dança de Santa Cruz é uma parcela ínfima, porém indiscutível da cultura espiritual tradicional das gentes brasílicas, acondicionada e acomodada no calendário cristão pelos missionários que chegou até nossos dias graças aos que sabem cultivar e respeitar as nossas tradições. Constituindo-se numa das mais curiosas tradições populares, a Dança de Santa Cruz, ou Sarabaquê ou ainda Quinze com Quinze com acentuada preponderância indígena mesclada com influências negras e dos brancos, se bem que em menor escala, é dividida em três quadrados autônomos: a adoração, a roda e a despedida.
1. Adoração da Santa Cruz: Nesta primeira etapa, cantores, músicos e dançarinos ajudantes, seguidos pela população, saúdam a Santa Cruz com cantos e danças. Os versos são cantados em quadras, acompanhados de movimentos rítmicos dos participantes. Duas são as estrofes, com versos de cunho religioso, repetidas ano após ano. E os cantores, todos voltados para a Capela, de costas para o Cruzeiro, por duas vezes entoam suas cantigas populares em honra aos santos. Depois, fazendo um movimento de cento e oitenta graus, agora dando as costas para a Capela, saúdam o Cruzeiro, repisando, ainda, por duas vezes, aquela mesma estrofe em som melódico de viola:
Deus que salve a casa Santa
Aonde Deus fez a morada
Onde está o cálice bento
E a História consagrada
Terminados estes versos todos gritam em coro: ooiii
Numa bacia de prata
Maria lavou Jesus
Maria mulher formosa
Deu louvor à Santa Cruz
Novamente se ouve o coro ooiii
2. A Roda: A roda é formada por cavalheiros e damas, como na contradança da quadrilha, de origem francesa, tão difundida no Brasil. Os cantadores agora se separam em diversos e pequenos grupos, responsável cada um deles pelo canto de uma pequena quadra. Durante todo o tempo os violeiros. Nesta segunda fase os versos são mais livres geralmente repentinos. Quem tiver seu improviso poderá laçá-lo, quase sempre bolindo com as moças, os rapazes, o chapéu de um o vestido de outra; e assim por diante; num som alegre e brejeiro.
3. A despedida: Esta última fase é muito semelhante à primeira quase idêntica. Mudam apenas os versos que antes eram de saudações, e agora se referem à despedida.